A Cidade dos Barrios é uma plataforma de reflexão sobre Urbanismo sediado da Corunha, Espanha. Foi organizado pelo Colégio Oficial de Arquitectos da Galiza e é coordenado pelo Estudio Mmasa, com o apoio de uma vasta rede de arquitectos, urbanistas, sociólogos, geógrafos, economistas, designers, fotógrafos, etc. Este grupo é o mais recente parceiro do Cidades pela Retoma e da rede Global City 2.0.
Para lá das aproximações políticas ou técnicas à cidade, a Cidade dos Barrios propõe destacar a importância do uso da cidade no espaço colectivo, através da observação e medição in loco dos hábitos, expectativas e problemas dos seus habitantes. Contrapõe à ideia da cidade 'oficial', descrita pelos slogans dos grandes planos e documentos estratégicos, uma noção de cidade 'possível', que nasce das relações de micro-escala entre pessoas, locais, fluxos e funções. Complementa assim os 'masterplans' e documentos que clarificam as grandes decisões da cidade com a reunião, cruzamento e disseminação das pequenas temáticas transversais à maioria dos espaços urbanos, que pela sua pequena escala e elevada contingência estão muitas vezes ausentes do planeamento genérico.
Acrescentando às disciplinas do planeamento uma camada histórica e sociológica e outra baseada na materialidade e uso dos espaços concretos, a Cidade dos Barrios, não deixando de ser um trabalho profundo de investigação, adquire uma função social ao dar voz a cidadãos, grupos e instituições representativas das várias forças que actuam na cidade, filtrando e interpretando o material recolhido até conseguir retirar uma relação de parâmetros e considerações a incluir nas visões da cidade futura, seja qual for o instrumento de planeamento ou a moldura política que o põe em prática.
"É correcto e válido que a maioria das cidades reclame uma série de intervenções de carácter estratégico, que as posicionem no mercado económico global, mediante uma selecção de projectos pontuais que terão alcance para além da própria cidade, e um incremento das infraestruturas como suporte do desenvolvimento. Mas estes elementos configuram somente uma primeira fase, ou anel, do planeamento das cidades. Questões vitais na maioria dos casos, mas incapazes de garantir um bom resultado por si mesmas, pela excessiva dependência dos gestores- políticos, empresariais e técnicos- que as desenvolverão durante o seu período de aplicação.
Há uma segunda fase de actuação que se aproxima mais das pessoas, que tem a ver com a relação entre as coisas, com os sucessos não programados. Nesses elementos encontramos os verdadeiros feitos diferenciais das cidades, pela sua capacidade de transformação a partir da pequena escala, e portanto a partir da percepção dos utilizadores, das intenções estratégicas com que se planeia a cidade."
L. Alfaya, P. Muniz, estudio Mmasa, 2011
Hoje pelas 23 horas é encerrada a votação de projetos da área Democracia do Movimento Milénio. Aproveite esta última oportunidade para votar nas ideias que achar relevantes para o futuro.
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories%2F640766
Recomendamos uma análise cuidada da proposta do Cidades pela Retoma
http://www.movimentomilenio.com/2011/03/objetivo-envolver-os-cidadaos-na-vida-local/
e
'CIDADES PELA RETOMA, REFORMA E TRANSIÇÃO' | GLOBAL CITY 2.0
http://globalcity.blogs.sapo.pt/ | http://noeconomicrecoverywithoutcities.blogs.sapo.pt/ | http://www.facebook.com/CidadespelaRetoma
Europe can raise its game by stimulating growth in urban areas, writes EUROCITIES general secretary Paul Bevan
http://www.publicserviceeurope.com/article/105/cities-can-drive-economic-recovery
"AS FORMAS E O FUNCIONAMENTO DAS CIDADES E OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE" Culturgest, 21 de Fevereiro de 2011 http://www.dpp.pt/Workshops/Workshop-Final_DPP-ANEOP_Funcionamento_Cidades/DPP-ANEOP_Funcionamento_Cidades-final.pdf
(...)
'Organizações da sociedade civil, nem todas, mas muitas, querem atuar no plano global, sem utilizar sua capacidade para tanto. Porque não sabem lidar com um mundo também feito de globalizações laterais, umas conectadas às outras. Portanto, existe um potencial não realizado nessas organizações, e em seus projetos, justamente quando tantas frentes de batalha se abrem por aí. Essa sensação de estar conectado e, ao mesmo tempo, se sentir perdido no mundo de hoje é um dos dilemas da globalização.
(...)
As antigas narrativas de vida e trabalho já não funcionam para um número cada vez maior de pessoas. Eis o espaço subjetivo no qual residem os jovens de hoje. Antigas narrativas já não lhes cabem. Estou certa de que, para muitos, é algo animador. Até porque muitos não desejam aquela estabilidade de vida que seus pais perseguiram. Mas, para a imensa maioria dos jovens nascidos em famílias pobres e vulneráveis, essa falta de narrativas pertinentes constitui uma zona de perigo.
(...)
Existem múltiplas globalizações. A econômica, a corporativa, a financeira, a tecnológica. Nota-se nisso tudo certa tendência de desumanização da nossa vida e da nossa subjetividade. Mas outras globalizações também estão em curso, como a da sociedade civil, da defesa dos direitos humanos, das lutas pela preservação do meio ambiente, e essas nos humanizam de maneira profunda. Temos aí os sinais da emergência de um humanismo desnacionalizado, para o qual não é necessário sequer tornar-se um indivíduo cosmopolita. Basta ser humano e acreditar em certas causas. Digo que nem é preciso ser cosmopolita no sentido de que é possível estar envolvido, de forma local, com a denúncia ao torturador da prisão mais próxima ou com a fábrica que polui a água de seu bairro, e ao mesmo tempo totalmente consciente de que ao redor do mundo há outros como você.
(...)
Cidades globais ..."São espaços complexos, carregados de contradições. Temos pelo menos 70 delas no planeta, cidades em que o poder corporativo se consolidou de forma espantosa, criando geografias da centralidade que hoje conectam lugares e pessoas, cruzando a histórica divisão entre Norte e Sul. Explico: as elites corporativas de São Paulo estão completamente integradas à geografia global do poder que inclui Nova York, Londres, Dubai. E há Pequim, Xangai, cidades que estão mudando a geografia do poder. Ao mesmo tempo, outras minorias, os vulneráveis, os desabrigados, os discriminados, enfim, os deslocados vão justamente encontrar espaço para seus projetos de vida, resistência e exigências aonde? Nas global cities. Devemos estudá-las. Precisamos entender como aqueles que são expulsos do interior, ou de suas pequenas cidades, encontram exatamente na cidade global o único lugar que ainda lhes resta para viver. Ainda que dormindo nas ruas.
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,as-narrativas-da-globalizacao,562264,0.htm
[vote na proposta apresentada ao painel 'Democracia' do Movimento Milénio]
'Envolver os cidadãos na vida local!'
http://www.movimentomilenio.com/2011/03/objetivo-envolver-os-cidadaos-na-vida-local/
NO BOTÃO DO LADO DIREITO [GOSTAM DESTE PROJECTO]
O movimento 'CIDADES PELA RETOMA' é uma iniciativa cívica que se iniciou o ano passado e que pretende aproveitar o ‘ano Europeu do Voluntariado para promover mais cidadania activa’ (http://europa.eu/volunteering/) para estimular um maior envolvimento dos cidadãos com as suas cidades e comunidades, sobretudo neste momento de particular dificuldade.
Tendo em conta o crescente reconhecimento das cidades e da condição urbana da humanidade como elementos vitais para o nosso futuro e sustentabilidade comum, ‘CIDADES PELA RETOMA’ assume-se como um movimento informal de cidadãos e um desafio público por uma reflexão colectiva sobre o papel das cidades , em particular num momento histórico com importantes evidências de crise (económica, mas não só) e de mudança de paradigma – na verdade, de uma verdadeira transição histórica.
Pretende-se que este movimento se afirme como um ponto de encontro de cidadãos interessados e de experiências inovadoras (‘boas práticas’) nos mais diversos domínios de intervenção e actuação em cidades (cidadania, tecnologia, economia, urbanismo, ambiente, coesão e inclusão social, cultura e cosmopolitismo), para que as suas propostas, práticas, métodos e resultados possam florescer e inspirar outras experiências, aprofundar diálogos, estimular aprendizagens colectivas, no fundo potenciar o papel das cidades como motores efectivos do desenvolvimento das regiões e do País.
‘CIDADES PELA RETOMA’ tem em funcionamento várias plataformas de comunicação e vários projectos cívicos em regime de voluntariado. Deixo-vos um convite para uma primeira visita aos diferentes espaços virtuais e para avaliarem a possibilidade de começarem a ter um papel activo nas iniciativas que vos parecerem mais relevantes ou interessantes.
[email] cidadespelaretoma@gmail.com
[mailing-list] enviar um email para cidadespelaretoma@gmail.com com título 'incrição mailing-list' ou inscrição directa em https://groups.google.com/group/cidadespelaretoma
[página Facebook do movimento ‘Cidades pela Retoma’] http://www.facebook.com/CidadespelaRetoma
...
[movimento ‘Cidades pela Retoma’] http://noeconomicrecoverywithoutcities.blogs.sapo.pt/
[projecto 'Global City 2.0'] http://globalcity.blogs.sapo.pt/ (neste momento esta iniciativa concorre ao desafio 'Democracia' do Movimento Milénio http://www.movimentomilenio.com/
[workshop e agenda local pela retoma] http://agendalocalpelaretoma.blogs.sapo.pt/ > núcleos locais de reflexão (http://agendalocalpelaretoma.blogs.sapo.pt/597.html).
[projecto 'rua das ideias'] http://ruadasideias.blogs.sapo.pt/
...
[notícias sobre projecto] reportagem TSF - Sinais, TSF - A semana passada, VER, Kmol e Público
Agradecemos a divulgação desta informação junto de potenciais interessados.
Qualquer esclarecimento suplementar disponham
CIDADES PELA RETOMA
‘GLOBAL CITY 2.0’ - REDE INFORMAL GLOBAL DE ‘MOVIMENTOS CÍVICOS DE CIDADE’ E UM ESPAÇO DE REFLEXÃO SOBRE POTENCIAL E LIMITAÇÕES DESTAS (NOVAS) FORMAS DE ‘DEMOCRACIA DE PROXIMIDADE’
CONTRIBUTO DO MOVIMENTO ‘CIDADES PELA RETOMA’ PARA PAINEL ‘DEMOCRACIA’ DO MOVIMENTO MILENIO (http://www.movimentomilenio.com/)
Vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=JleGq1F16f4&feature=player_embedded
DIVULGAR E VOTAR! [GLOBAL CITY 2.0 no painel 'Democracia' do Movimento Milénio]
Objetivo: envolver os cidadãos na vida local. Conheça a nossa proposta!
http://www.movimentomilenio.com/2011/03/objetivo-envolver-os-cidadaos-na-vida-local/
Global City 2.0
CONTRIBUTO DO MOVIMENTO ‘CIDADES PELA RETOMA’ PARA PAINEL ‘DEMOCRACIA’ DO MOVIMENTO MILENIO
(http://www.movimentomilenio.com/)
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Vídeo produzido pelo Ricardo Mota, a quem agradecemos o esforço cívico!
Quer ajudar a encontrar boas soluções para um Portugal mais inovador? Esta Iniciativa COTEC / ADI desafia a sua capacidade de propor medidas viáveis e transformadoras.
http://cotecportugal.pt/?audicaopublica=1&Itemid=387