Economia Urbana - Cidades pela Retoma em Faro (6 Maio)
https://www.facebook.com/event.php?eid=181024801948617¬if_t=event_invite
http://www.faro1540.org/
A não perder. Entrevista de Saskia Sassen e artigo de opinião de João Seixas, ambos no Publico Cidades. http://www.publico.pt/
Seminário ÁGUEDA: cultura, inovação e criatividade | Oportunidades de regeneração das cidades,
27 de Abril de 2011, Salão Nobre dos Paços do Concelho
http://gis.cm-agueda.pt/pru/noticia4.html
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[Notas soltas sobre intervenção de Manuel Castells, 15 de Abril, Univ. México, ‘Comunicação e Poder’, (http://www.facebook.com/event.php?eid=163678710356705)]
um agradecimento a Alberto Carrera pela preciosa indicação!
Castells dixit
Sobre o poder
‘Quem está no poder tem a capacidade de organizar as forças directoras em torno das suas ideias. Onde há poder, há sempre contra-poder! Onde há dominação, há resistência (dinâmica social). As instituições da sociedade são uma mescla dessas relações (compromissos e negociações entre actores) e assim determinam as nossas vidas’
‘A informação e comunicação foram sempre fonte de poder e contra-poder, de domínio e de mudança. O controlo da comunicação e informação é um espaço essencial quando se formam relações de poder’
‘Os processos de construção mental desenvolvem-se à volta das emoções (que determinam nossos comportamentos) ‘
‘As redes de construção poder (complexas e multidimensionais) condicionam os outros poderes (regulando-os ou não); usam a capacidade de levar o sistema para onde os interesses dominantes querem’
Sobre comunicação
‘Os meios de comunicação são o espaço onde se forma o poder’
‘Mais do que ser actor do poder, é importante definir as regras onde se cria o poder’.
‘Os diferentes papeis do media: os jornais organizam e estruturam o conteúdo; a TV simplifica a mensagem; e a rádio organiza o diálogo personalizado’
‘Toda a política é mediática; toda a mensagem que não existe em torno da comunicação, simplesmente não existe politicamente; a conversação intelectual, pessoal ou política, que não é socializada não tem poder’
‘O objectivo central da comunicação é ganhar audiência (negócio, influência política, melhores condições, …), mesmo que seja em nichos específicos relativamente pequenos’
‘As populações não lêem à procura de informação, mas procuram antes a confirmação da sua opinião (por isso tendem a escolher as opiniões com que se identificam)‘
‘As mensagens mediáticas são as mais simples possíveis - uma pessoa, um rosto humano (a principal mensagem); os programas não interessam; a confiança não se gera pelo programa, os titulares ou os partidos; dirige-se a algo, a alguém em concreto que inspira a confiança; a confiança é uma espécie de cheque em branco; como se sabe que não se pode exercer qualquer controlo até às próximas eleições, escolhem-se os menos maus’
‘Neste quadro, a forma de luta política mais eficaz é a destruição da pessoa (‘política de escândalos’) criando, manipulando ou filtrando algo que destrua o principal valor da pessoa: a credibilidade/confiança que gera’
‘Existe uma ideia que os políticos são todos iguais (corrupção, mentiras); A corrupção e os escândalos geram uma crise legitimidade (perda de confiança no sistema político); 70% das pessoas dizem que não estão governados pelos legítimos governantes; o impacto que isto gera é a crise do sistema político, agravada por uma crise económica simultânea’
‘A difusão da internet criou um novo contexto de informação que mudou tudo; em 1996 40 milhões, em 2011 cerca de 2 mil milhões de utentes; o número de n.ºs de telemóvel em 1991 era de 16 milhões, hoje são 5 mil milhões’
‘Assiste-se a uma des-intermediação dos meios de comunicação de massas, que deixaram de controlar a comunicação;
‘Apareceu uma auto-comunicação de massas – onde cada procura informação, gera mensagens, que difunde nas suas redes; a autonomia comunicativa tem uma enorme influência nos movimentos sociais;
Sobre movimentos sociais
‘Os movimentos sociais são os que tentam mudar os valores da sociedade (‘quadros mentais’), não os que tentam mudar o poder político; podem fazê-lo, mas só num segundo momento’
‘As mudanças mais importantes são as de mentalidades; a comunicação pode ser importante para essa mudança’
‘Os movimentos sociais que questionam o poder e a estrutura do Estado encontram na internet e nas comunicações móveis o seu espaço, para a auto-organização, criando redes de solidariedade e de debate, sem relação com os partidos tradicionais’
‘Os movimentos sociais partem de causas profundas, relacionadas com os valores da sociedade; utilizam a auto-comunicação, baseada em redes relacionais de confiança (redes de contactos telemóvel ou email), que são mensagens de confiança (redes de pequenos mundos)’
‘Os graus de liberdade do contra-poder aumentaram exponencialmente’
‘A utopia libertária não depende da internet, ela só a amplifica’
‘Contra o que os media dizem, a sociabilidade dentro e fora da rede é cumulativa; quanto maior a sociabilidade pessoal, maior a sociabilidade internet; e o inverso também é verdade’
‘Os jovens não lêem periódicos em papel, mas lêem-nos na internet, seleccionando os temas que lhes interessam; os jovens estão mais informados do que se diz’
Mais informação:
http://www.manuelcastells.info/
http://ijoc.org/ojs/index.php/ijoc/article/view/46/35
‘MOVIMENTOS CÍVICOS DE CIDADE’ NUM MUNDO GLOBAL | ‘CITY CIVIC MOVEMENTS IN A GLOBAL WORLD’
PALESTRA com SASKIA SASSEN e JOÃO FERRÃO e LANÇAMENTO DA REDE ‘GLOBAL CITY 2.0’
18 DE ABRIL, SEGUNDA-FEIRA, 18:00-20:30
Livraria Ler Devagar – Lisboa
Mais informação http://globalcity.blogs.sapo.pt/