29
Set 11
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Set 11

Mundo Rural: O Regresso ao Futuro? Debate em torno do livro "Entre as Cidades e a Serra", 14 de Outubro, 18h30, Livraria Ler Devagar (Lx Factory)

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Mundo Rural: O Regresso ao Futuro?
Debate em torno do livro "Entre as Cidades e a Serra", 14 de Outubro, 18h30,
Livraria Ler Devagar (Lx Factory)
Com Armando Sevinate Pinto, João Ferrão e José Reis
Moderação de João Seixas
publicado por JCM às 22:51 | comentar | favorito
22
Set 11

Respigos da Conferência 'Economia Criativa' (Rio Janeiro, 20/21 Setembro)

Respigos da Conferência 'Economia Criativa', organizada pela Iniciativa Cultural no Rio de Janeiro (http://www.iniciativacultural.org.br/2011/07/i-seminario-internacional-economia-criativa-novas-perspectivas/). 

Das apresentações e debate retive as seguintes ideias (que apresento aqui de forma telegráfica):

 

[problemas/receios/dilemas/diferenças] 

  • a ambivalência e equívocos do conceito de indústria cultural e criativa;
  • as diferenças entre economia criativa vs. popular;
  • os problemas da relação artista/empreendedor;
  • o receio do efeito 'moda' (ser passageiro o efeito);
  • a diferença entre lugares culturais e lugares criativos;
  • a diferença entre as pequenas/grandes empresas da Economia Cultural (necessidade de apoios para as pequenas e para as que arriscam);
  • risco dos grandes investimentos urbanos/criativos deixarem comunidades locais de fora (não beneficiando dos impactos positivos das intervenções);
  • take-over dos pequenos negócios criativos pelos ‘major players’;

 

[necessidade]

  • informação /plataformas para juntar economia tradicional/criativa ;
  • quantificar o valor da economia criativa, para formular políticas;
  • de ligar a promoção da economia criativa com o território (mais gente junto, mais interacção social e económica (empreendedorismo));
  • da nova classe média não ser só consumidora de bens, mas também adquirir ‘bagagem cultural’ e capacidade crítica;
  • estudar como o planeamento das cidades pode estimular a criatividade comunidades, dos agentes e das empresas;
  • fomentar empreendedorismo, de estimular habilidade empreendedora (através da educação), de promover a capacidade associativa (articulação entre actores) e de conhecimento e valorização do território';
  • politicas públicas  -> sugestão de um relatório nacional sobre ‘economia criativa’;
  • garantir um Orçamento para cultura/criatividade;
  • mudança de paradigma de financiamento da cultura – imaterial;
  • fomentar o papel da economia criativa na integração social;
  • valorizar a Economia popular;

 

[exemplos/sugestões]

 JCM

publicado por JCM às 15:56 | comentar | favorito
22
Set 11

'Economia com futuro'

No dia 30 de Setembro organiza-se na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, a conferência da plataforma 'Economia com futuro', um movimento constituido por professores universitários preocupados com o facto da 'austeridade inscrita no Orçamento' [poder] não conter a pressão especulativa contra Portugal e [poder] tolher o passo às mudanças estruturais de que o País carece para alcançar um desenvolvimento sustentável' (http://www.economiacomfuturo.org/). O programa pode ser consultado aqui http://www.economiacomfuturo.org/media/Economia_com_Futuro_A4.pdf.
Curiosamente, o Comissário Europeu da Política Regional, Johannes Hahn, sugeriu recentemente em Barcelona que a 'complexity of Europe's cohesion policy requires a network of academics since not just one platform can deal with all different kinds of urban challenges; from unemployment, to energy efficiency to regional disparities' (*).
Nesta linha de racioncínio julgo que seria interessante que esta plataforma pudesse vir a congregar outras dinâmicas sociais com preocupações semelhantes (autarcas, empresários/empreendedores, actores da área social, movimentos cívicos urbanos, ...), para evitar duplicações de esforços e divisão de resultados.
JCM


(*) http://ec.europa.eu/commission_2010-2014/hahn/headlines/speeches/pdf/01092011_barcelona_en.pdf
publicado por JCM às 15:15 | comentar | favorito
18
Set 11
18
Set 11

'agenda local colaborativa pela retoma'

Para os que se interessam pelo tema da 'relação entre cidades e desenvolvimento/dinâmicas colaborativas' anexo o link de uma proposta (trata-se de um documento preliminar, 'work in progress', tenham isso em consideração) para a concepção de uma 'Agenda Local Colaborativa pela Retoma Económica' [http://jcmworks.blogs.sapo.pt/20861.html], apresentada recentemente na ECCI XII (12th EUROPEAN CONFERENCE ON CREATIVITY AND INNOVATION) para receber as vossas críticas e sugestões - email jcmota@ua.pt [informo que este projecto nasceu na plataforma cívico/científica 'Cidades pela Retoma' -http://noeconomicrecoverywithoutcities.blogs.sapo.pt/].
Paralelamente informo que estão disponíveis cinco espaços no Facebook para divulgação de contributos/propostas inovadores nos domínios identificados na agenda local colaborativa:
creative & cultural economy / economia cultural e criativa
https://www.facebook.com/CidadesCriativas & https://www.facebook.com/groups/TerritorioCriativo/
ageing/envelhecimento activo e produtivo
https://www.facebook.com/CidadesAmigasdasPessoasIdosas
green construction / cluster da construção sustentável
https://www.facebook.com/ClusterHabitat
local food/produção agrícola de proximidade
https://www.facebook.com/LocalFoodPortugal
sustainable mobility/ cluster da mobilidade sustentável
https://www.facebook.com/CyclingWalkingPortugal
Cumprimentos
José Carlos Mota
jcmota@ua.pt
publicado por JCM às 18:13 | comentar | favorito
14
Set 11
14
Set 11

Local Collaborative Agenda for Economic Recovery

um pequeno contributo para reflexão
?'Local Collaborative Agenda for Economic Recovery!'
[http://www.slideshare.net/zemota/ecci-xii-faro-14-set-vf]
ECCI XII - 12th EUROPEAN CONFERENCE ON CREATIVITY AND INNOVATION - Faro 14-17 September 2011 (http://www.eaci.net/eccixii/)
publicado por JCM às 16:54 | comentar | favorito
09
Set 11
09
Set 11

Cidades Amigas das Pessoas Idosas

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Age-friendly Cities Network, Portugal
https://www.facebook.com/pages/Age-friendly-Cities-Network-Portugal/196963890371501
Subscreva e divulgue este espaço de reflexão sobre a temática das cidades e do envelhecimento.
publicado por JCM às 00:35 | comentar | favorito
07
Set 11
07
Set 11

'Global City 2.0' - Rede Global de Movimentos Cívicos de Cidade

O novo site do projecto 'Global City 2.0' - Rede Global de Movimentos Cívicos de Cidade (http://globalcity.blogs.sapo.pt/) já tem endereço: http://www.globalcitynetwork.org/. Novidades em breve!
Relembramos que a sua elaboração está a ser feita gratuitamente no âmbito das actividades da empresa Ponto C (https://www.facebook.com/pontoc.volunteer) no ano europeu do voluntariado. A todos o nosso profundo agradecimento!
publicado por JCM às 12:52 | comentar | favorito
06
Set 11
06
Set 11

Mitologia Urbana (crónica de João Seixas, Público)

Mitologia Urbana I

Público
Um bom mito urbano, novo ou velho, inclui sempre mais emoção e sensação que racionalidade.
Baseado em locais e factos reais, história com algum sentido, distorce-se em si próprio, com o tempo e com os contos de quem conta. Ficam sempre a faltar algumas partes para um todo mais óbvio, ficando assim algo em suspenso, e até mais permanente. Portugal, país de marés e nevoeiros, está cheio de mitos urbanos. Aqui vão alguns bem actuais (3 nesta crónica, 3 na próxima). Ou quando as partes e variáveis que importam – e mesmo as que não importam  não estão todas em jogo.

1. Cidade e Política. Este mês o governo aplicou novo aumento às tarifas de transportes urbanos e suburbanos. Em pouco mais de seis meses, as tarifas em Lisboa e no Porto aumentaram cerca de 20%, e nos comboios suburbanos quase 30%. Disse o ministro que ‘os sacrifícios têm que ser partilhados por todos’. Belo princípio. Estes aumentos nos transportes públicos, sentidos directa e duramente por uma vasta camada da população, vão melhorar as contas do Estado em cerca de 1% do valor assumido pelas dívidas do BPN. Sobre ‘sacrifícios partilhados por todos’, estamos conversados. Assim como sobre os excelentes sinais que se dá na confiança no bem público e na sociedade como comunidade. Mas há muito a conversar sobre outras variáveis. No preço real dos transportes, visto pelo custo médio de vida dos portugueses e assim comparado com outros países. No aumento do custo de vida dos que já são pobres, não obstante a tarifa social proposta. Na mais difícil motivação para os cidadãos utilizarem os transportes colectivos, simplesmente porque lhes parece mais urbano, mais sustentável e mais cívico. No aumento do desequilíbrio face ao automóvel, muito mais ineficiente e dependente a 100% de energia importada e não renovável. Mas aqui, o maior mito, cheio de nevoeiro, é mesmo entre política e cidade. Quando há um desfasamento enorme entre a escala dos problemas e a escala das soluções, entre a vida quotidiana das cidades e quem deveria de facto governá-las. Governá-las bem, bem entendido.

2. Cidade e Identidade. Sabemos como os rios e o mar cravam fundo na nossa alma lusa. Lisboa nunca seria Lisboa sem as suas margens e seu porto de rio e mar, desde os fenícios até hoje. Durante muito tempo ignorou-se esta alma genética, abateram-se barcos e rotas, mais ocupados em terraplanar e construir ‘mar urbano’ terra adentro. O Tejo quedou-se quase sem navios, sombra azul do que era ou poderia ser, e o nosso desassossego ficava em terra, ainda mais melancólico e sem salpicos. Mas eis que, recentemente, todos falam de novo no mar, o mar e seu fantástico potencial. E o rio, claro. Há ainda eventos culturais interligados, como o festival do peixe. Acho óptimo. Entretanto, enquanto altas eminências debatem contentores de Alcântara e o futuro do mar, entre promessas de regatas internacionais e de grandes projectos turístico-imobiliários, fecha-se a única lota de Lisboa, em Pedrouços, onde a Docapesca tem a sua sede e onde actuavam diversas empresas ligadas à pesca e ao mar. Que belíssimo mito. Cheio de nevoeiro, literalmente.

3. Cidade e Arquitectura. Prevê-se um arrojado edifício no nevrálgico largo do Rato, em terrenos onde estão actualmente umas modestas casas. Tem havido grande polémica e razoável debate em torno da arquitectura, da modernidade e de rupturas. Mas também da autoridade de arquitectos famosos e de aprovações municipais prévias, enfim do lugar da própria cidadania e da crítica social. Este projecto, e seu processo, são sérios candidatos a novo e fresquíssimo mito. Especialmente no nevoeiro em torno do que será um urbanismo de qualidade, hoje, com tudo o que tal implica. Em todo o debate, silêncio quase total sobre uma instituição de instrução e beneficência que ali está desde 1896, apoiando até hoje a educação de crianças de famílias desfavorecidas, e que desapareceria com o novo projecto. E muito pouco sobre os impactos que este tipo de intervenções têm nos espaços e nas dinâmicas públicas da cidade, em particular num largo tão vital e tão maltratado nas últimas décadas.

É Verão. Temos um clima magnífico. Frutas, peixes e vinhos de estalo. Praias, rios e paisagens de primeira. Continuamos a produzir valentes mitos, por entre debates, desígnios, marés e nevoeiros. Será talvez natural que com tantas benesses para corpo e espírito, nos embale bem mais a emoção que a razão. Mesmo assim, como dizia Espinoza e diz agora Damásio, um pouco de razão com emoção não nos faria mal, muito pelo contrário. Manteríamos óptimos mitos e belos nevoeiros – mas no seu devido lugar.

Mitologia Urbana (II)

Público

Entre razões e emoções, e no seguimento da crónica anterior, junto mais três mitos urbanos. Ou quando as partes e variáveis que importam, não estão todas em jogo.

1. Cidade e Comércio. As cidades sempre pulsaram como locais de intercâmbio, o seu vigor geral muito ligado ao vigor mercantil. Um eficiente e (coisa muito similar) ecológico fornecimento de alimentos e de outros bens, é base da prosperidade e identidade urbana. Portugal, país de mercadores, terá assim óptimas cidades, cheias de comércio e de actividade. Bom, em parte é verdade. Mas só em parte. A questão aqui é que este mito – o de que somos óptimos no comércio – pode estar a arruiná-lo. A verdade é que o comércio, especialmente o mais pequeno e mais próximo, tem definhado a pouco e pouco. Por várias razões, não poucas dos próprios comerciantes. Mas sobretudo por uma cultura que ainda anteontem saiu da baixa pobreza e que tanto adora o cheiro a gasóleo pela manhã como os néons dos hipers ao fim da tarde. E por uma política que adora respingar urbanizações, faixas de rodagem e enormes centros comerciais. Coisas que, para além de pouco ecológicas e (coisa muito similar) pouco económicas, vão cercando o comércio de proximidade e sua diversidade urbana e empresarial. Vejam-se os mercados, corações urbanos por excelência. Em Lisboa, é difícil perceber como é que uma cidade com tanto pergaminho e tanta gente, centro de uma magnífica região com magníficos produtos, não tem magníficos mercados pulsando em cada um dos seus bairros. Contribuindo para a sua dinâmica económica e identitária, e para a sua pluralidade alimentar e empresarial, não a entregando toda a duas ou três únicas entidades. O vigor das cidades, e de outras coisas importantes como a vida de bairro, a identidade, a ligação à terra e aos elementos, passa muito por aqui.

2. Cidade e Inclusão. Inclusão, solidariedade e assistencialismo são elementos essenciais à vida colectiva. Mas são coisas diferentes. Políticas de inclusão social não são o mesmo que políticas de solidariedade. Nestes tempos de profunda crise económica e de não menor desorientação política, quais deveriam ser as prioridades? Vem isto a propósito de um mito com longas barbas, mas pelos vistos fresquíssimo e a respingar imenso, o de que as políticas sociais são um custo para o Estado e para a sociedade. Um custo que provoca deficit, e que como tal há que reduzir. Pois o que se passou em Londres não foi ontem. Foi hoje. E não foi longe, foi aqui. De repente, a cidade ficou perigosa, zangada, nada cúmplice. Ora, a cidade somos nós. Está melhor quando tem objectivos e oportunidades, e pior quando as portas se fecham e os horizontes falham. Dilema fortemente pendular e muito sentido pelos mais frágeis e (coisa muito similar) mais desprotegidos: os mais pobres, os mais jovens, os mais afastados. As políticas sociais são vitais para uma melhor sociedade. Não são um custo, são um investimento. São as pessoas, em quem se deve investir, que resolverão os deficits, os de hoje e os de amanhã. A cidade inclusiva e solidária é (coisa afinal tão similar) a cidade mais competitiva.

3. Cidade e Cidadania. Um inquebrável mito é o de que em Portugal ‘não se participa’. Como na canção dos Deolinda, ‘Movimento perpétuo associativo’, onde após entusiásticos ‘agora sim’, vêm uns resignados ‘agora não’, até o ‘vão sem mim que eu vou lá ter’. Porém, pouco a pouco, desponta entre nós uma diferente cultura política numa juventude mais instruída e mais consciente, por entre (ou por causa de) as distâncias partidárias, as hipotecas das casas e os recibos verdes. As novas gerações são menos parvas e rascas que as anteriores. Estudos recentes confirmam não só um aumento da consciência política e da propensão para intervir, na política e na ecologia – incluindo nas opções do dia-a-dia – como também uma visão cada vez mais ampla da cidadania, não apenas como direito político (já é muito), mas mesmo como modo de estar e de qualificação da vida individual e colectiva. A cidade, por ser cidade, será fermento de criatividade e de inteligência, por muito que as ideologias pseudo-liberais (um dos mais espúrios mitos da história e da economia) a queiram debilitar, bem como ao poder local. Será nelas que se desmontarão os piores mitos urbanos. Construindo-se novos projectos, novos horizontes e, com certeza, renovados mitos.

João Seixas, Geógrafo


publicado por JCM às 09:00 | comentar | ver comentários (1) | favorito
05
Set 11
05
Set 11

Grupo Facebook 'GLOBAL CITY 2.0'

O projecto 'GLOBAL CITY 2.0' pretende constituir-se como uma REDE INFORMAL DE 'MOVIMENTOS CÍVICOS DE CIDADE' e um ESPAÇO DE REFLEXÃO sobre o POTENCIAL DESTAS FORMAS EMERGENTES DE 'DEMOCRACIA DE PROXIMIDADE'. Enquanto se prepara o lançamento do novo site do projecto foi lançado recentemente um grupo no Facebook: https://www.facebook.com/groups/CityCivicMovements/
publicado por JCM às 19:45 | comentar | favorito